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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Arrebatamento pré-tribulacional - suas origens

Por
Brian Schwertley

Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto
Fonte : www.monergismo.net.br

Sempre que o cristão encontra uma doutrina que não foi ensinada por
alguém de qualquer ramo da igreja de Cristo durante os dezoito séculos
passados, ele deveria ter muita suspeita de tal ensino. Esse fato em e por si
mesmo não prova que o novo ensino é falso. Mas, deveria definitivamente
levantar suspeitas, pois se algo é ensinado na Escritura, não é absurdo esperar
que ao menos uns poucos teólogos e exegetas tenham descoberto isso antes.

O ensino de um arrebatamento secreto pré-tribulacional é uma doutrina que
nunca existiu antes de 1830. O arrebatamento pré-tribulacional veio à
existência mediante uma exegese cuidadosa da Escritura? Não! A primeira
pessoa a ensinar a doutrina foi uma jovem chamada Margaret Macdonald.
Margaret não era teóloga nem expositora bíblica, mas uma profetiza da seita
Irvingita (a Igreja Católica Apostólica). O jornalista cristão Dave MacPherson
escreveu um livro sobre o assunto da origem do arrebatamento secreto. Ele
escreve: “Temos visto que uma jovem escocesa chamada Margaret Macdonald
teve uma revelação particular em Port Glasgow, Escócia, no começo de 1830,
de que um grupo seleto de cristãos seria capturado para encontrar Cristo nos
ares, antes dos dias do Anticristo. Uma testemunha ocular, Robert Norton
M.D., preservou o relato escrito a mão por ela da sua revelação de um
arrebatamento pré-tribulacional em dois de seus livros, e disse que foi a
primeira vez que alguém dividiu a segunda vinda em duas partes ou estágios
distintos. Seus escritos, juntamente com muitas outras literaturas da Igreja
Católica Apostólica, ficaram escondidos por muitas décadas do pensamento
evangélico dominante, e apenas recentemente reapareceram. As visões de
Margaret eram bem conhecidas por aqueles que visitavam sua casa, entre eles
John Darby dos Irmãos. Dentro de poucos meses sua concepção profética
distintiva foi refletida na edição de setembro de 1830 do The Morning Watch e
na primeira assembléia dos Irmãos em Plymouth, Inglaterra. Os primeiros discípulos da interpretação pré-tribulacionista freqüentemente a chamavam de
uma nova doutrina”.

John Nelson Darby (1800-1882), que foi o líder do movimento Irmãos
e “pai do Dispensacionalismo moderno”, tomou o novo ensino de Margaret
Macdonald sobre o arrebatamento, fez algumas mudanças (ela ensinava um
arrebatamento parcial de crentes, enquanto ele ensinava que todos os crentes
seriam arrebatados) e incorporou-o em seu entendimento dispensacionalista
da Escritura e profecia. Darby gastaria o resto de sua vida falando, escrevendo
e viajando para espalhar a nova teoria do arrebatamento. Os Irmãos de
Plymouth admitiam abertamente e até mesmo se orgulhavam do fato que
entre os seus ensinos estavam alguns totalmente novos, que nunca tinham
sido ensinados pelos pais da igreja, escolásticos medievais, reformadores
protestantes e muitos outros comentaristas.

O maior responsável pela ampla aceitação do pré-tribulacionismo e
dispensacionalismo entre os evangélicos foi Cyrus Ingerson Scofield (1843-
1921). C. I. Scofield publicou sua Bíblia de Referência Scofield em 1909. Essa
Bíblia, que expunha as doutrinas de Darby em suas notas, se tornou muito
popular em círculos fundamentalistas. Na mente de muitos – professores da
Bíblia, pastores fundamentalistas e multidões de cristãos professos – as notas
de Scofield eram praticamente igualadas à própria palavra de Deus. Se uma
pessoa não aderia ao esquema dispensacionalista e pré-tribulacional, ele ou ela
seria quase que automaticamente rotulado de modernista.

Hoje existe uma abundância de livros advogando a teoria do arrebatamento pré-tribulacional e o entendimento dispensacionalista dos fins dos tempos. Dado o fato que entre os cristãos professos o arrebatamento prétribulacional ainda é freneticamente popular, uma comparação dessa teoria com o ensino bíblico está justificado.
Veremos que os argumentos típicos oferecidos em favor dessa teoria estão em conflito com a Bíblia.

Fonte: Extraído e traduzido do livreto “Is the Pretribulation Rapture Biblical?”, de
Brian Schwertley.

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