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terça-feira, 10 de dezembro de 2019

A CONFISSÃO DE FÉ BATISTA DE 1689

Capítulo XVII: Da Perseverança dos Santos

1. Aqueles a quem Deus aceitou no Amado, eficazmente chamados e santificados pelo seu Espírito, e dada a preciosa fé dos Seus eleitos a eles, não podem nem total, nem finalmente cair do estado de graça, mas certamente perseverarão até o fim, e serão eternamente salvos, considerando que os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento, pelo que Ele os gera e ainda os alimenta em fé, arrependimento, amor, alegria, esperança e todas as graças do Espírito para a imortalidade1; e, apesar de muitas tempestades e inundações surgirem e combaterem contra eles, mas estas nunca poderão tirá-los dessa fundação e rocha, em que pela fé eles estão firmados; não obstante, por causa da incredulidade e das tentações de Satanás, a sensível visão da luz e do amor de Deus podem estar por um tempo nublada e obscurecida para eles2, mas Ele ainda é o mesmo, e eles terão a certeza de estarem guardados pelo poder de Deus para a salvação, onde gozam de sua herança adquirida, eles estão gravados na palma de Suas mãos, e os seus nomes estão escritos no livro da vida desde toda a eternidade3.

1 João 10:28,29; Filipenses 1:6; 2 Timóteo 2:19; 1 João 2:19
2 Salmos89:31,32; 1 Coríntios 11:32
3 Malaquias 3:6

2. Esta perseverança dos santos depende, não do seu próprio livre-arbítrio, mas da imutabilidade do decreto da eleição4, que flui a partir do livre e imutável amor de Deus o Pai; sobre a eficácia do mérito e intercessão de Jesus Cristo; e da união com Ele5; da promessa de Deus6; da permanência de Seu Espírito e da semente de Deus dentro deles7; e da natureza do pacto da graça8; de todas estas coisas vêm a sua certeza e infalibilidade.

4 Romanos 8:30, 9:11,16
5 Romanos 5:9, 10; João 14:19
6 Hebreus 6:17,18
7 1 João 3:9
8 Jeremias 32:40

3. E embora, eles possam, através das tentações de Satanás e do mundo, a prevalência de corrupção remanescente neles, e a negligência dos meios de sua preservação, cair em pecados graves; e por algum tempo continuar neles9: em que eles incorrem no desagrado de Deus, e entristecem o Seu Espírito Santo10; vindo a ter suas graças e consolos enfraquecidos11; têm os seus corações endurecidos e as suas consciências feridas12; prejudicam e escandalizam os outros e atraem sobre si juízos temporais13; ainda assim, eles renovarão o seu arrependimento e são preservados pela fé em Jesus Cristo até o fim14.

9 Mateus 26:70,72,74
10 Isaías 64:5,9; Efésios 4:30
11 Salmos 51:10,12
12 Salmos 32:3,4
13 2 Samuel 12:14
14 Lucas 22:32,61,62

Fonte : http://www.reformedreader.org

sexta-feira, 31 de maio de 2019

A CONFISSÃO DE FÉ BATISTA DE 1689

Capítulo XVI: Das Boas obras

1. Boas obras são somente aquelas que Deus ordenou em sua santa Palavra¹, e não as que, sem autoridade dela, são elaboradas por homens movidos por um zelo cego ou sob qualquer outro pretexto de boa intenção².

1 Miquéias 6:8; Hebreus 13:21
2 Mateus 15:9; Isaías 29:13

2. Estas boas obras, feitas em obediência aos mandamentos de Deus, são o fruto e as evidências de uma fé viva e verdadeira3, e por elas os crentes manifestam a sua gratidão4, fortalecem a sua confiança5, edificam os seus irmãos, adornam a profissão do evangelho6, fazem calar os adversários, e glorificam a Deus7, de cuja feitura são, criados em Cristo Jesus para isso mesmo8, a fim de que, tendo o seu fruto para santificação, eles possam ter por fim a vida eterna9.

3 Tiago 2:18,22
4 Salmos116:12,13
5 1 João 2:3,5; 2 Pedro 1:5-11
6 Mateus 5:16
7 1 Timóteo 6:1; 1 Pedro 2:15; Filipenses 1:11
8 Efésios 2:10
9 Romanos 6:22

3. Sua capacidade de fazer boas obras não é de modo algum dos próprios crentes, mas provém totalmente do Espírito de Cristo10. E para que os crentes possam desempenhar as boas obras, é necessária uma influência contínua do mesmo Espírito Santo operando neles tanto o querer como o efetuar segundo a sua boa vontade11, isso porém não significa que eles devem tornar-se negligentes, como se não tivessem a obrigação de cumprirem um dever senão quando movidos de maneira especial pelo Espírito; antes, eles devem ser diligentes em desenvolver a graça de Deus que neles há12.

10 João 15:4,5
11 2 Coríntios 3:5; Filipenses 2:13
12 Filipenses 2:12; Hebreus 6:11,12; Isaías 64:7

4. Mesmo aqueles que conseguem prestar a maior obediência nesta vida, estão longe de exceder e fazer mais do que é requerido por Deus, pois eles ainda ficam aquém do muito que por dever eles são obrigados a fazer13.

13 Jó 9:2, 3; Gálatas 5:17; Lucas 17:10

5. Nós não podemos, pelas nossas melhores obras, merecer da mão de Deus o perdão do pecado ou a vida eterna, visto ser grande a desproporção que há entre elas e a glória por vir, e a infinita distância que há entre nós e Deus, a quem não podemos ser úteis por meio delas, nem satisfazê-lO pela dívida dos nossos pecados anteriores14; mas quando tivermos feito tudo o que pudermos, temos feito somente o nosso dever, e somos servos inúteis. Se nossas obras são boas elas procedem do Espírito15. Contudo, à medida elas são desempenhadas por nós, essas obras vão sendo contaminadas e misturadas com tanta fraqueza e imperfeição, que não podem suportar a severidade do julgamento de Deus16.

14 Romanos 3:20; Efésios 2:8,9; Romanos 4:6
15 Gálatas 5:22,23
16 Isaías 64:6; Salmos43:2

6. Todavia, desde que os crentes, como pessoas, são aceitos por meio de Cristo, as suas obras também são aceitas nEle17, não como se fossem nesta vida totalmente inculpáveis e irrepreensíveis diante de Deus; antes, significa que ele, olhando para eles em seu Filho, se agrada de aceitar e recompensar aquilo que é sincero, embora realizado com muitas fraquezas e imperfeições18.

17 Efésios 1:5; 1 Pedro 1:5
18 Mateus 25:21,23; Hebreus 6:10

7. As obras feitas por homens não regenerados, embora por si mesmas possam ser coisas que Deus ordena, e proveitosas tanto para a pessoa que as faz quanto para outrem19; contudo, porque não procedem de um coração purificado pela fé20; e de acordo com a Palavra21, nem são feitas de uma maneira correta, nem com a finalidade correta, a glória de Deus22; elas são, portanto, pecaminosas e não podem agradar a Deus, nem tornar uma pessoa apta para receber a graça de Deus23; não obstante, a sua negligência delas seja ainda mais pecaminosa e ofensiva a Deus24.

19 2 Reis 10:30; 1 Reis 21:27,29
20 Gênesis 4:5; Hebreus 11:4,6
21 1 Coríntios 13:1
22 Mateus 6:2,5
23 Amós 5:21,22; Romanos 9:16; Tito 3:5
24 Jó 21:14,15; Mateus 25:41-43

Fonte : http://www.reformedreader.org

quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

A CONFISSÃO DE FÉ BATISTA DE 1689

Capítulo XV: Do Arrependimento para a Vida e Salvação

1. Aqueles eleitos que são convertidos em anos maduros, tendo vivido algum tempo em estado natural, e por isso, servido a diversas concupiscências e prazeres, Deus em seu chamado eficaz concede-lhes o arrependimento para a vida1.

1 Tito 3:2-5

2. Considerando que não haja ninguém que faça o bem e não peque2, e o melhor dos homens pode, através do poder e sedução de sua corrupção habitando nele, com a prevalência das tentações, cair em grandes pecados e provocações; Deus tem, no pacto da graça, providenciado misericordiosamente que os crentes que assim pecaram e caíram, sejam renovados através do arrependimento para a salvação3.

2 Eclesiastes 7:20
3 Lucas 22:31,32

3. Este arrependimento salvífico é uma graça evangélica4, pelo qual uma pessoa, sendo pelo Espírito Santo feita sensível aos múltiplos males do seu pecado, pela fé em Cristo, humilha-se por isso com a tristeza segundo Deus, ódio disso, e auto-aborrecimento5, orando por perdão e pela força da graça, com um propósito e esforço, por suprimentos do Espírito, para andar diante de Deus agradando-lhe em todas as coisas6.

4 Zacarias 12:10; Atos 11:18
5 Ezequiel 36:31; 2 Coríntios 7:11
6 Salmos119:6,128

4. Como o arrependimento deve continuar por todo o curso de nossas vidas, em consideração ao corpo da morte, e as ações do mesmo, por isso, é dever de todo homem arrepender-se de seus pecados particulares e conhecidos, individualmente7.

7 Lucas 19:8; 1 Timóteo 1:13,15

5. Tal é a provisão que Deus tem feito por Cristo, no pacto da graça para a preservação dos crentes para a salvação; que, embora não haja pecado tão pequeno que não mereça a condenação8; ainda não há pecado tão grande que possa trazer condenação sobre aqueles que verdadeiramente se arrependem9; o que torna a constante pregação sobre o arrependimento necessária.

8 Romanos 6:23
9 Isaías 1:16-18, 55:7

Fonte : http://www.reformedreader.org