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sexta-feira, 30 de abril de 2021

A CONFISSÃO DE FÉ BATISTA DE 1689

 

Capítulo XXI: Da Liberdade do Cristão, e Liberdade de Consciência


1. A liberdade que Cristo comprou para os crentes sob o Evangelho consiste em sua liberdade da culpa do pecado, da ira condenatória de Deus, do rigor e maldição da lei1; e consiste na libertação do presente século mau2, escravidão de Satanás3, do domínio do pecado4, do mal das aflições5, do temor e aguilhão da morte, da vitória da sepultura6, e da condenação eterna7; como também em seu livre acesso a Deus, e sua obediência prestada, não por medo servil8, mas por amor filial, e mente voluntária9. Tudo o que era comum também aos crentes sob a lei, pela substância delas10; mas sob o Novo Testamento, a liberdade dos Cristãos é ainda mais ampliada em sua liberdade do jugo de uma lei cerimonial, à qual a Igreja Judaica foi submetida; e na maior ousadia de acesso ao trono da graça, e nas comunicações mais plenas do livre Espírito de Deus, do que os crentes sob a lei ordinariamente participaram11.

1 Gálatas 3:13
2 Gálatas 1:4
3 Atos 26:18
4 Romanos 8:3
5 Romanos 8:28
6 1 Coríntios 15:54-57
7 2 Tessalonicenses 1:10
8 Romanos 8:15;
9 Lucas 1:73-75; 1 João 4:18
10 Gálatas 3;9,14
11 João 7:38,39; Hebreus 10:19-21

2. Deus é o único Senhor da consciência12, e a deixou livre de doutrinas e mandamentos humanos que, em qualquer respeito, são contrários à sua Palavra, ou não contidos nela13; de modo que, crer em tais doutrinas, ou obedecer a tais mandamentos, por motivo de consciência14, equivale a trair a verdadeira liberdade de consciência; e requerer de alguém uma fé implícita, uma obediência absoluta e cega, equivale a destruir a liberdade de consciência, e a razão também15.

12 Tiago 4:12; Romanos 14:4
13 Atos 4:19,29; 1 Coríntios 7:23; Mateus 15:9
14 Colossenses 2:20,22,23
15 1 Coríntios 3:5; 2 Coríntios 1:24

3. Aqueles que, sob pretexto de liberdade Cristã, praticam qualquer pecado ou toleram qualquer pecaminosa concupiscência, com isso tanto deturpam o propósito principal da graça do evangelho para a própria destruição deles16; como também destroem totalmente a finalidade da liberdade Cristã; a qual é, sendo libertados das mãos de todos os nossos inimigos, podemos servir ao Senhor, sem temor, em santidade e justiça perante Ele, todos os dias das nossas vidas17.

16 Romanos 6:1,2
17 Gálatas 5:13; 2 Pedro 2:18,21

segunda-feira, 12 de abril de 2021

A CONFISSÃO DE FÉ BATISTA DE 1689

 


Capítulo XX: Do Evangelho e Extensão de Sua Graça

1. O pacto das obras foi quebrado pelo pecado, e tornou-se para [conduzir à] vida, Deus Se agradou em desvelar a promessa de Cristo, a semente da mulher, como o meio de chamar os eleitos, e gerando neles a fé e o arrependimento1: Nesta promessa a essência do Evangelho foi revelada, e é feita eficaz para a conversão e salvação dos pecadores2.

1 Gênesis 3:15
2 Apocalipse 13:8

2. Esta promessa de Cristo, e da salvação por meio dEle, é revelada somente pela Palavra de Deus3; nem as obras da criação ou providência, com a luz da natureza, desvelam a Cristo, ou a graça por meio dEle, tanto como de uma forma geral ou obscura4; muito menos os homens destituídos da revelação dEle pela promessa ou evangelho, devem ser assim habilitados para alcançar a fé salvadora ou arrependimento5.

3 Romanos 1;17
4 Romanos 10:14,15,17
5 Provérbios 29:18; Isaías 25:7; 60:2,3

3. A revelação do evangelho aos pecadores, feita em diversas épocas, e em partes diversas, com a adição de promessas e preceitos para a obediência nele exigidas, como para as nações e pessoas a quem é concedida, é apenas da vontade soberana e beneplácito de Deus6, não sendo anexado em virtude de alguma promessa para o devido aprimoramento das habilidades naturais do homem, em virtude da luz comum recebida sem ela, o que ninguém jamais fez ou pode fazer assim7. E, portanto, em todas as épocas, a pregação do evangelho tem sido concedida a pessoas e nações, como a extensão ou limitação do mesmo, em grande variedade, de acordo com o conselho da vontade de Deus.

6 Salmos147:20; Atos 16:7
7 Romanos 1:18-32

4. Apesar do evangelho ser o único meio exterior de revelação de Cristo e graça salvadora, e é, como tal, para isso abundantemente suficiente; ainda assim, para que os homens que estão mortos em delitos possam nascer de novo, ser vivificados ou regenerados, é necessária uma obra eficaz, invencível do Espírito Santo sobre toda a alma, para produzir neles uma nova vida espiritual8, sem a qual nenhum outro meio será suficiente para a sua conversão a Deus9.

8 Salmos110:3; 1 Coríntios 2:14; Efésios 1:19,20
9 João 6:44; 2 Coríntios 4:4,6