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sexta-feira, 4 de setembro de 2020

A CONFISSÃO DE FÉ BATISTA DE 1689

Capítulo XIX: Da Lei de Deus 

 1. Deus deu a Adão uma lei de obediência universal escrita em seu coração, e um particular preceito de não comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal1, pelo qual Ele vinculou a ele e a toda sua posteridade, para pessoal, inteira, exata e perpétua obediência2; prometeu vida sobre o cumprimento, e ameaçou com a morte a violação da mesma; e o dotou com o poder e a capacidade para guarda-la3. 

 1 Gênesis 1:27; Eclesiastes 7:29 2 Romanos 10:5 3 Gálatas 3:10,12 

 2. A mesma lei que primeiramente foi escrita no coração do homem, continuou a ser uma regra perfeita de justiça após a queda4; e foi entregue por Deus no monte Sinai em dez mandamentos e escrita em duas tábuas; os quatro primeiros mandamentos contêm o nosso dever para com Deus, e os outros seis, nosso dever para com o homem5. 

 4 Romanos 2:14,15 5 Deuteronômio 10:4 

 3. Além desta lei, comumente chamada de moral, Deus Se agradou em dar ao povo de Israel leis cerimoniais, contendo diversas ordenanças típicas, em parte, de adoração, prefigurando Cristo, Suas graças, ações, sofrimentos, e benefícios6; e, em parte, segurando estabelecendo várias instruções de deveres morais7. Todas as leis cerimoniais, sendo impostas apenas até o tempo da reformação, são por Jesus Cristo, o Messias e único Legislador, que foi dotado com o poder da parte do Pai para este fim, cumpridas e revogadas8. 

 6 Hebreus 10:1; Colossenses 2:17 7 1 Coríntios 5:7 8 Colossenses 2:14,16,17; Efésios 2:14,16 

 4. Para eles, Ele também deu várias leis civis, que expiraram com a nação daquele povo, não obrigando a ninguém em virtude daquela instituição, somente sua equidade geral possui um valor moral9.

 9 1 Coríntios 9:8-10 

 5. A lei moral obriga para sempre a todos, tanto pessoas justificadas como as demais, à obediência da mesma10; e isso não apenas no que diz respeito à matéria nela contida, mas também no que diz respeito à autoridade de Deus, o Criador, que a deu11. Nem o Cristo no Evangelho de forma alguma a abroga, mas confirma esta obrigação12. 

 10 Romanos 13:8-10; Tiago 2:8,10-12 11 Tiago 2:10,11 12 Mateus 5:17-19; Romanos 3:31

 6. Embora os verdadeiros crentes não estejam sob a lei como um pacto de obras, para serem por ela justificados ou condenados13; ainda é de grande utilidade para eles, assim como para os outros; em que, como uma regra de vida, informando-os sobre a vontade de Deus e de seu dever, ela dirige e os obriga a andar em conformidade; descobrindo também as contaminações pecaminosas de sua natureza, corações e vidas; assim como, examinando-se assim, eles podem chegar a mais convicção, humilhação por e ódio contra o pecado14; juntamente com uma visão mais clara da necessidade que têm de Cristo e da perfeição da Sua obediência. Ela é, semelhantemente útil para os regenerados, para conter as suas corrupções, pois proíbe o pecado, e as ameaças daquela servem para mostrar até mesmo o que os seus pecados merecem, e que aflições nesta vida podem esperar por eles, embora libertados da maldição e do rigor intransigente da lei. Igualmente, as promessas da lei demonstram a aprovação de Deus à obediência e quais bênçãos os homens podem esperar receber se cumprirem a lei; embora não lhes sejam devidas pela lei como um pacto de obras: assim como um homem faz o bem e evita o mal, porque a lei anima a um, e desencoraja o outro, não é evidência de que ele esteja debaixo da lei, e não debaixo da graça15. 

 13 Romanos 6:14; Gálatas 2:16; Romanos 8:1, 10:4 14 Romanos 3:20, 7:7, etc. 15 Romanos 6:12-14; 1 Pedro 3:8-13 

 7. Nem são os supracitados usos da lei contrários à graça do Evangelho, mas suavemente condizem com ele16: o Espírito de Cristo submete e habilita a vontade do homem a fazer livre e alegremente, o que a vontade de Deus, revelada na lei, requer que seja feito17. 

 16 Gálatas 3:21 17 Ezequiel 36:27 

 Fonte : http://www.reformedreader.org

sexta-feira, 29 de maio de 2020

A CONFISSÃO DE FÉ BATISTA DE 1689

Capítulo XVIII: Da Certeza da Graça e da Salvação
1. Embora os temporariamente crentes, e outros homens não regenerados, possam em vão iludir-se com falsas esperanças e presunções carnais de se acharem no favor de Deus e em estado de salvação; esta esperança deles perecerá1, mas quanto aos que verdadeiramente creem no Senhor Jesus, e o amam com sinceridade, procurando andar em toda a boa consciência diante dele, podem, nesta vida, certificar-se de que eles estão em um estado de graça, e podem regozijar-se na esperança da glória de Deus2, esta esperança jamais os envergonhará3.

1 Jó 8:13,14; Mateus 7:22,23
2 1 João 2:3, 3:14,18,19,21,24, 5:13
3 Romanos 5:2,5

2. Esta certeza não é uma mera conjectural e provável, baseada em uma esperança falível; mas uma infalível segurança de fé4, fundada no sangue e justiça de Cristo revelados no Evangelho5, bem como na evidência interna daquelas graças em que as promessas são feitas6, e no testemunho do Espírito de adoção que testifica com os nossos espíritos que somos filhos de Deus7, e como fruto disso, mantendo o nosso coração humilde e santo8.

4 Hebreus 6:11,19
5 Hebreus 6:17,18
6 2 Pedro 1:4,5,10,11
7 Romanos 8:15,16
8 1 João 3:1-3

3. Esta segurança infalível não pertence de tal modo à essência da fé, que um verdadeiro crente, antes de possuí-la, não tenha de esperar muito e lutar com muitas dificuldades9: contudo sendo habilitado pelo Espírito a conhecer as coisas que lhe são livremente dadas por Deus, ele pode alcança-la, sem revelação extraordinária, no uso correto dos meios10. E, portanto, é dever de todos empregar toda a diligência para fazer firme a sua vocação e eleição; A fim de que por esse modo, o seu coração possa dilatar-se em paz e gozo no Espírito Santo, em amor e gratidão a Deus, e em força e alegria nos deveres de obediência, estes são os frutos próprios desta segurança11, a qual está longe de inclinar os homens para o relaxamento12.

9 Isaías 50:10; Salmos 88; Salmos 77:1-12
10 1 João 4:13; Hebreus 6:11,12
11 Romanos 5:1,2,5, 14:17; Salmos 119:32
12 Romanos 6:1,2; Tito 2:11,12,14

4. Os verdadeiros crentes podem ter a certeza da sua salvação abalada de diversas maneiras, diminuída e interrompida; por negligência na preservação da mesma13; caindo em algum pecado especial que fira a consciência e entristeça o Espírito Santo14; por ceder a alguma tentação súbita ou veemente15; por Deus retirar de sobre eles a luz da sua presença, e permitindo que mesmo os que O temem caminhem em trevas, que não tenham luz16. Contudo, eles nunca ficam destituídos da semente de Deus17 e da vida da fé18, daquele amor a Cristo e aos irmãos, daquela sinceridade de coração e consciência de dever. É a partir destas graças, pela operação do Espírito, que a certeza da salvação pode ser revivificada19, no devido tempo; e, mediante elas, os crentes são preservados para não caírem em um desespero total20.

13 Cantares 5:2,3,6
14 Salmos 51:8,12,14
15 Salmos 116:11; 77:7,8, 31:22
16 Salmos 30:7
17 1 João 3:9
18 Lucas 22:32
19 Salmos 42:5,11
20 Lamentações 3:26-31

Fonte : http://www.reformedreader.org