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sexta-feira, 7 de maio de 2010

A Providência de Deus

Série de estudos

6 - Providência e Restrição do Pecado

Rev. Ronald Hanko

Fonte : www.monergismo.com
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto

Em sua providência, Deus controla e dirige todas as coisas que
acontecem. Mesmo as vidas dos homens, em cada detalhe, estão sob esse
controle soberano de Deus. “Ele opera”, como Nabucodonosor disse,
“segundo a sua vontade… com o exército do céu e os moradores da terra”
(Daniel 4:35). Por sua providência, portanto, Deus também controla e dirige
as ações pecaminosas dos homens, como é evidente a partir do exemplo de
Nabucodonosor e outros (1Sm. 2:25; 2Sm. 16:10; 2Sm. 24:1; 1 Reis 22:19-22;
Atos 2:23; Rm. 9:18). Incluso nessa obra soberana e providencial de Deus está
uma restrição do pecado. Deus, por providência, restringe de muitas formas
diferentes a impiedade dos homens.
A Escritura nos dá muitos exemplos dessa restrição do pecado. Gênesis
6:3 é o primeiro exemplo na Escritura. Ali Deus restringiu o pecado
diminuindo a longevidade do homem. Ele também restringiu o pecado no
tempo da torre de Babel, ao mudar o idioma dos homens. Passagens que
falam de Deus entregar alguém ao pecado implicam uma restrição prévia de
algum tipo (Sl. 81:11, 12; Atos 7:42; Rm. 1:24-28).
Muitos citam essas passagens como exemplos da assim chamada graça
comum. Que Deus restringe o pecado do homem, dizem eles, é evidência de
uma disposição graciosa de Deus para com todos os homens. Alguns até
mesmo diriam que essa graça comum é o resultado de uma obra não-
salvadora de Deus no coração, mente e vontade do homem, que deixa o
homem menos que totalmente depravado; e que prepara o caminho para o
evangelho, tornando possível para um homem aceitar ou rejeitar o evangelho
como uma oferta de graça salvadora.
Que existe tal restrição do pecado, contudo, não prova que isso seja
uma questão de graça. A questão “Como e por que o pecado é restringido?”
ainda deve ser levantada.
A Escritura claramente ensina que essa restrição do pecado é realizada
somente pelo poder de Deus, não por qualquer operação graciosa do Espírito
operando alguma mudança na natureza depravada do homem. Portanto, ela é
semelhante a colocar uma focinheira num cão violento.
Ela o impede de morder, mas não faz nada para
recuperá-lo de sua raiva. Dessa forma Deus
usa muitas coisas, especialmente o temor das conseqüências, para restringir a
impiedade dos homens sem mudar seus corações. Um dos melhores exemplos
de uma restrição soberana, mas não-graciosa, é encontrada em Isaías 37:29,
onde Deus diz ao rei da Assíria: “Eis que porei o meu anzol no teu nariz, e o
meu freio, na tua boca, e te farei voltar pelo caminho por onde vieste”. Não
há nada gracioso nisso!
Essa mesma passagem de Isaías nos lembra do propósito dessa
restrição. Ela não tem o outro propósito senão a proteção e preservação do
povo de Deus no mundo.
As operações comuns da providência de Deus não são uma graça
comum. Graça é o poder pelo qual Deus salva pessoas (Ef. 2:8-10). Não existe
outro tipo de graça além da graça maravilhosa, impressionante e salvadora.
Louvado seja Deus por isso!

Fonte (original): Doctrine according to Godliness,
Ronald Hanko, Reformed Free Publishing
Association, p. 96-98.

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