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sábado, 1 de maio de 2010

A Providência de Deus

Série de estudos

5 - Providência e “Graça Comum”

Rev. Ronald Hanko

Fonte : www.monergismo.com
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto

Em sua providência, Deus provê a todas as suas criaturas (Atos 17:25).
Isso significa que Deus dá muitas dádivas aos ímpios, incluindo não somente a
chuva e a luz do sol, alimento e abrigo, vida e respiração, mas também uma
mente racional, uma vontade e um espírito.
Muitos concluem a partir disso que Deus ama os ímpios e é gracioso
para com eles. Essas coisas, dizem eles, são a “graça comum” de Deus, sua
graça para todos, uma graça que não os leva à salvação, mas que lhes é todavia
um testemunho do favor e amor de Deus por eles. Uma providência comum,
contudo, não é a mesma coisa que uma graça comum, e as duas não deveriam
ser confundidas. Em nenhum momento a Bíblia usa a palavra graça para
descrever essas operações comuns da providência de Deus.
Isso não é negar que as dádivas que Deus dá aos ímpios são dádivas
boas (Tiago 1:17). Mas porque Deus lhes dá muitas boas dádivas não significa
que ele os ama ou é gracioso para com eles. Dizer que Deus dá boas dádivas
aos ímpios não diz nada sobre o porquê Deus dá essas dádivas. A Bíblia ensina
que ele tem outras razões que amor ou misericórdia ao dar boas dádivas aos
ímpios. Ele lhes dá essas dádivas em sua ira, como uma armadilha para eles
(Sl. 11:5,6; Pv. 14:35; Rm. 11:9), para maldição (Pv. 3:33) e para sua destruição
(Sl. 92:7). Por essas dádivas ele coloca-os em lugares escorregadios e os faz cair na
destruição (Sl. 73:18 no contexto dos versículos 3-7). Isso é claramente visto na
forma como os ímpios usam as dádivas para pecarem contra Deus e se
fazerem dignos de condenação.
Isso é tão verdadeiro que somos até mesmo ordenados na Escritura a
imitar Deus em nossos comportamentos para com os nossos inimigos – fazer-
lhes o bem, e fazer isso no entendimento que se eles não se arrependerem e
crerem, nossas boas obras serão para destruição e condenação deles (Rm.
12:20,21).
Não deveria nos surpreender que uma dádiva que é em si mesma boa
possa ser dada para tais razões. Se um pai der ao seu filho pequeno uma faca
de açougueiro afiada como uma navalha – algo que é indispensável na cozinha
– certamente questionaríamos se ele está dando tal “boa dádiva” em amor
e misericórdia. A criança certamente usará incorretamente a mesma para a sua
própria destruição, assim como os ímpios fazem com cada uma das boas
dádivas que Deus lhes dá.
De qualquer forma, talvez o maior perigo no ensino da graça comum é
que ela destrói nosso conforto em Deus. Se a chuva e a luz do sol, a saúde e a
vida, são graça, o que devemos concluir quando Deus nos envia o oposto:
doença, pobreza, aridez ou morte? Essas coisas são sua maldição? Ele as envia
porque nos odeia? Se a graça está nas “coisas boas”, não temos graça quando
Deus não nos envia essas coisas boas? Não devemos antes concluir isso: que
tudo o que ele envia a nós, seu povo, quer saúde ou doença, pobreza ou
prosperidade, vida, ou morte, ele nos envia em amor e graça e para o nosso
bem (Rm. 8:58), mas que tudo o que ele envia aos ímpios, mesmo que em si
mesmas sejam “boas”, é todavia para a condenação deles? De outra forma,
como seríamos confortados em todas as nossas tristezas e aflições?

Fonte (original): Doctrine according to Godliness, Ronald Hanko,
Reformed Free Publishing Association, p. 95-96

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